A arte agreste da dor de viver
Folhas amarelas secas ao chão vermelho
folhas espalhadas pelo vento transparente
que oscilam as copas verdes das árvores
em contraste com o céu azul nublado mortal.
As lágrimas da raça humana desumana inerte
as lágrimas vermelha do sangue das desilusões
pulsadas pela dor de olhar o infinito e não ver
o amarelo-ouro do sol contemplado pela imortalidade.
O vento transparente alisa meus cabelos
e me dá a crença de pensar que eu faço parte
dessa copiosa e devastadora raça dos homens
que matam e se matam e fazem suas histórias
Seus pesadelos íntimos e gladiados pelas fantasias
de acharem que a vida é um palco encenando uma peça
que contam dramas épicos de tristes poemas de amor
e paixões afloradas de sangue, dor e maldades.
Folhas secas amarelas voam com o bailar dos ventos
que desaparecem nas copas verdes das árvores
que sombreiam as almas inocentes dos seres que não
sabiam que viver é uma dor dilacerada de trágica.