Tristeza...
Tristeza... efêmera como a alegria!
Hoje estou melancólica...
Letárgica de tristeza.
A solidão abraçou-se a mim
E reclino meu rosto cansado
Em seu ombro amigo ofertado!
Deixo-me envolver no morno-frio desse abraço...
Quase um silêncio bom
Se não cortasse o ar
O som das batidas ritmadas do meu coração
Numa música melódica de fundo
Para este meu movimento de estado!
Hoje, a tristeza é companheira
Tradutora de mim para o mundo...
E na sua linguagem nublada,
Percebo todas as cores que se escondem num cinza...
Refletidos nos meus olhos molhados de sonhos...
Misturo-me a paisagem formada no vácuo dessa tristeza
Nessa visão bucólica formada de mim...
Como num fim de tarde de outono
Se integrando ao desbotado do meu sorrir.
Aconchegada ao vento gelado de fim de inverno
Tendo nas lembranças o aquecimento
De minhas desesperanças...
Alimentanda durante anos
Por um amor desejado
Nunca vivido... Esgotado de existência
E provavelmente sem forma, cor, som , espaço... Atemporal!
Sinto-me tocada pela melodia entoada
Pelas árvores que sussurram lamentos
E festejam o ranger dos troncos
Enlevados pelo tocar dos ventos
Ler-se...
Como um tempo de sonho
Nunca vivido, mas sempre esperado...
DEVANEIOS!