Tristeza...

Tristeza... efêmera como a alegria!

Hoje estou melancólica...

Letárgica de tristeza.

A solidão abraçou-se a mim

E reclino meu rosto cansado

Em seu ombro amigo ofertado!

Deixo-me envolver no morno-frio desse abraço...

Quase um silêncio bom

Se não cortasse o ar

O som das batidas ritmadas do meu coração

Numa música melódica de fundo

Para este meu movimento de estado!

Hoje, a tristeza é companheira

Tradutora de mim para o mundo...

E na sua linguagem nublada,

Percebo todas as cores que se escondem num cinza...

Refletidos nos meus olhos molhados de sonhos...

Misturo-me a paisagem formada no vácuo dessa tristeza

Nessa visão bucólica formada de mim...

Como num fim de tarde de outono

Se integrando ao desbotado do meu sorrir.

Aconchegada ao vento gelado de fim de inverno

Tendo nas lembranças o aquecimento

De minhas desesperanças...

Alimentanda durante anos

Por um amor desejado

Nunca vivido... Esgotado de existência

E provavelmente sem forma, cor, som , espaço... Atemporal!

Sinto-me tocada pela melodia entoada

Pelas árvores que sussurram lamentos

E festejam o ranger dos troncos

Enlevados pelo tocar dos ventos

Ler-se...

Como um tempo de sonho

Nunca vivido, mas sempre esperado...

DEVANEIOS!

Observadora
Enviado por Observadora em 19/08/2016
Código do texto: T5733654
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