Dias e noites...

Em duzentos dias

E em duzentas noites

Descobri que já sabias

Que eu viveria açoites...

Sabias que me mentias,

Mentias ao me dar filhas,

Escondia tuas armadilhas...

Cercaste-me de tudo,

Até mesmo de amor...

Isso até me deixar mudo

Por me trazer tanta dor...

Cometeste crimes terríveis

Com requintes cruéis incríveis...

Te tornaste da melhor

A certamente a pior...

Feriste sem piedade tanto

A todos em minha volta

Que secou-nos até o pranto...

Tamanha nos foi a revolta,

Pois jamais imaginei ser assim

Tão pequena e obscena

A mulher que dizia a mim

Ser tímida e serena...

És mesmo pérfida serpente,

Ser desprezível sobre a Terra...

Daqui pra frente

Tua culpa a cerra...

Vai... Colhe o mal

Que semeaste em teus caminhos,

Lamenta teu erro fatal

Ao trocar flores por espinhos...