LORD BYRON NUM SORRISO DA MORTE
"O corpo morto cheio de vermes “Vinhos”!
O vinho do corpo cheio de sangue “Águas”!
As águas do morto em pus de nada! Nada!
O sangue do fígado que assola e mata! Mata-me!
O sangue do crânio em taça arrasta-me! Consome-me!
A água do corpo que fede ao inferno trucida-me!
O poeta que morto embebe suas lástimas parem! Parem!
Um sonho que os demônios personificam em fadas...
Tudo é um oceano de graças, desgraças, asas...
O corpo aberto que assola o pobre soldado, cala-me!
O corpo que afoga a criança no espírito, salva-me! Salva-me!
O vinho que tu bebes é tua doce ilusão aceitável, arde-nos! Arde-nos! Mata! Mata!
O inferno que conduz os perdidos...
O poema que causa indignação e medo, vai-te! Vai-te!
A morte que conduz os infelizes na sina da loucura, para! Para!
Um poema no leito do cadáver...
Uma beleza que em Venusta roupa sanguínea, arrepia e cala-te!
Um poema de Byron que de suave gemido desfaz as virgens em mística lírica ínfima! Ínfima! Ínfima!
Um poema que nos cala: Arrasta! Arrasta-nos!
Ao suplício mínimo diz os poetas valha-me! Valha-me...!"