Dia dos Pais
O meu pai já morreu
Meu filho não nasceu
O dia de hoje é seu
Mas nunca será meu
Meu agosto é finados
No breu confinado
Amargando o passado
Resto-me flagelado
No peito, dor
Na cabeça, torpor
Desesperada agonia
Buscando calmaria
A paz nunca reina
Ela passa e se vai
A dor, a vida inteira
Só reduz, mas não se esvai
Ainda tenho o ano todo
Para viver tranquilamente
Mas quando chega em Agosto
Meu peito grita estridente
O meu pai já morreu
Meu filho não nasceu
Feliz dia pra quem?
Pra você, mas não eu