MEU AMOR, UMA AVE.
Foi-se como a ave que ali estava
O amor que tive e tão pouco durou,
Onde o céu que a feliz ave gorjeava?
Que tristeza; solidão é o que restou.
Como Ícaro ia a ave assim voando
Como nunca antes, feliz e altaneira,
Subindo sempre e se encantando
Que beleza! era ave prazenteira.
Vês, agora, que desastre horrendo,
Está ali, ouça os gemidos sôfregos,
Trata-se de uma ave já morrendo,
Caiu e vai ali com passos trôpegos.
As nuvens desfizeram-se subitamente,
O céu, que era azul, se escureceu!
A bela ave que ali voava calmamente,
Foi tomada de um raio e faleceu.