"?"
Uma dor sem definição
Que brevemente se torna um sorriso
E uma lágrima que rola salgada
Pela face que não se deixa ver
Cada vez escrevo menos
Cada vez escrevo mais devagar
Pobre vocabulário, pobre pensar
Hoje nem um poema, mão seca
E tudo para na hora em que
Tudo se quer e nada se tem
E nada se sabe e tudo se quer saber
Não há na mente o que ser escrito
A lágrima que mancha a tinta
O papel já não absorve.