DESABAFO

Venham à mim os que não devem,

Que andam na contramão

Dos credores impiedosos,

Dos donos da inflação...

Que se aproximem os bravos

Os guerreiros lutadores,

daqueles que mal nos fazem,

que corroem nossos valores.

Corrompem sem piedade,

assediam até criança,

Nos roubam a dignidade,

Nossa paz, nossa esperança.

Venham à mim os que não sofrem

De solidão, desamor,

Os que cada vez mais pobres

Agarram-se seja em que for...

Seguem cada vez mais fundo,

Sufocando a própria dor...

Nesse lamento profundo

mas que ninguém escutou.

Por isso cheguem mais perto

e façam côro comigo,

tentemos ser mais espertos

Gritando no coletivo.