ISCARIOTE
Ó falso iscariote,
Como pudeste negar-me
Duas vezes o teu auxílio,
Quando aflito te procurei?
Alguma vez me imaginaste,
Carente e além da tua lei?
Como não quiseste o que te dei,
Desapegado ao meu interesse
E às riquezas que criei?
Não passas de um eterno vazio,
Apenas seguro ao que é teu.
Ateu do amor e da amizade;
Vontade de te esquecer, eu,
Que não vivo só da saudade.