ISCARIOTE

Ó falso iscariote,

Como pudeste negar-me

Duas vezes o teu auxílio,

Quando aflito te procurei?

Alguma vez me imaginaste,

Carente e além da tua lei?

Como não quiseste o que te dei,

Desapegado ao meu interesse

E às riquezas que criei?

Não passas de um eterno vazio,

Apenas seguro ao que é teu.

Ateu do amor e da amizade;

Vontade de te esquecer, eu,

Que não vivo só da saudade.

Mongiardim Saraiva
Enviado por Mongiardim Saraiva em 27/07/2016
Reeditado em 27/07/2016
Código do texto: T5710781
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