Reportando-me.

Obra no céu, visitas no inferno,

Num extremo pudor avassalador,

Pois, sois vós o meu maior bem tutor!

Entre anjos e demônios na conjuração.

Conheço a juventude no desprezo!"

À tarde, nos meus lençóis debruço,

O verno tão agueiro sem teu amor.

Perjurando a face num só carinho.

Deslize pela aurora e vês'

Tornando-se desdém por meus prantos.

O momento ébrio sem prazer reportando-me.

A veste crua, cobre minha alma!"

Na ceifa, que candura minha morte,

Escandalizando minhas gentilezas.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 22/07/2016
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