Pierrot

Pierrot

Sou Pierrot, sem destino,

vazio de alma, um cretino,

dorido de saudade,

vagueio só pela cidade.

Procuro-te, Colombina,

teu sorriso de menina,

que me rouba o coração,

ou talvez sim, quiçá não.

Desdenho do Arlequim

- o fantasma do grotesco,

vil, trajado de burlesco –

a quem amas, ai de mim!

Pierrot, Polichinelo,

Bobo, palhaço, capelo,

esgar de riso amarelo,

maldição, azar e flagelo.

Pierrot, louco amante,

vadio, ladrão, que tratante!

Sou quem suspira de dor

por Colombina, meu amor.

Pierrot, que ri, chorando,

patético ser do nada,

pela cidade caminhando,

em busca de sua amada!

Triste Pierrot, que ri

sangue no branco do rosto

e as lágrimas de desgosto

de quem beijar, nunca vi!

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 22/07/2016
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