Desalmados
Aquele olhar descarnado
De tetas murchas
Seres rotos
Desalmadas vidas
Mas se em cada vivente resiste uma alma
Qual brasa que se assopra
Na esperança de reavivar a fogueira?
Ali já nenhuma vivia
Nem mesmo encolhida em súplicas
Perdida toda empatia
Toda pena
Cada caco de amor.
Deixei que acontecesse
Permitimos todos
A degradação de corpos semi inanimados
Se arrastando nos brejos urbanos
De nossas cidades esquecidas...
Quanta dor meu Deus!!!!!!