Desalmados

Aquele olhar descarnado

De tetas murchas

Seres rotos

Desalmadas vidas

Mas se em cada vivente resiste uma alma

Qual brasa que se assopra

Na esperança de reavivar a fogueira?

Ali já nenhuma vivia

Nem mesmo encolhida em súplicas

Perdida toda empatia

Toda pena

Cada caco de amor.

Deixei que acontecesse

Permitimos todos

A degradação de corpos semi inanimados

Se arrastando nos brejos urbanos

De nossas cidades esquecidas...

Quanta dor meu Deus!!!!!!

Marcelo FAS
Enviado por Marcelo FAS em 14/07/2016
Reeditado em 21/12/2021
Código do texto: T5698077
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