ME TRANSFORMEI EM RETALHOS
Eu me rasguei por inteiro, me transformei em retalhos,
Eu disse “não” quando queria prosseguir,
Tive medo quando a vida exigia mais,
E não pude regressar, pois a vida é uma via sem volta.
Com os pés descalços eu me feri nos espinhos desta dor,
E todo o sangue derramado assinava essa dor,
E toda lagrima derramada não bastava,
Pois o coração se mantinha cheio de dor.
Será que a sorte não vai soprar um pouco de amor,
Que a boca amarga não conhecerá outro sabor,
Que sempre guiarei o barco rumo as tempestades,
E o cais viciará em se ocultar entre as grandes ondas.
Sonhando o dia que paz eu vou transbordar,
E com força renovada eu vou levantar
Cada sonho quebrado nos tempos da inocência,
Entendendo que das ruínas podemos recomeçar.