Sensibilidade fora do tom
Já me disseram:
Você é muito especial.
Mas também me mostraram,
Que a realidade.
Pode ser crucial,
E não há felicidade
Sinto que as lágrimas,
Querem se derramar.
Fazendo desaparecer as rimas,
Ofuscando o meu olhar.
Desvanecendo para sempre,
O que me faz ser livre.
Está apertado o coração,
Sensível a emoção.
Por que tem que ser assim,
Esta tristeza sem fim?
Faz aqui escondido um dom,
No acorde não ressoa o som.
Confunde-se com nuvens a música,
Na batida lenta e melancólica.
De um compasso estranho e frio,
Que de leve desperta o arrepio.
Sinceramente esta não sou eu,
Não sei quem foi que me prometeu.
Que algum dia poderia ser diferente,
Mas vivo em um mundo descrente.
Aonde o que vale é a mão do capitalismo,
E este não é o meu realismo.
Está apertado o coração,
Sensível a emoção.
Por que tem que ser assim,
Esta tristeza sem fim?
Preciso encontrar animo,
Para não desanimar.
Estou navegando em um rio,
Que segue rumo ao mar.
Que me provoca o desafio,
E tire-me desse marasmo.
Na luta de cada amanhecer,
E reviver um novo prazer.
De imprimir a minha poesia,
Que na alma transparece e inebria.
E em meu corpo molhado de êxtase,
O que vivo é somente uma fase.
Está apertado o coração,
Sensível a emoção.
Por que tem que ser assim,
Esta tristeza sem fim?
Passarão as tempestades,
Virão tempos de bonança.
Serão redobradas as forças,
Viverei outra realidade.
Pois vejo o que há de melhor,
E não mais a dor.
Já me disseram:
Você é muito especial.
Mas também me mostraram,
Que a realidade.
Pode ser crucial,
E não há felicidade.
O que será o que aconteceu,
Com a minha outra realidade?
Feito espuma se desvaneceu...
Está apertado o coração,
Sensível a emoção.
Por que tem que ser assim,
Esta tristeza sem fim?