Convite

Desarrumei meus versos

para ver se me vias

Fui fogo, pele, suor,

Convite.

Bebi vinho barato,

embriaguei-me

Desconsertei-me

E meus versos sussurei

ao seu ouvido:

Estrelas, moço!

Estrelas!

Dancei perdida em céus

desconhecidos.

Estrelas, moço!

Estrelas!

E do alto da paixão

à queda

Desilusão.

No chão os anjos

não são poesia

tampouco a versada

cortesia

Sombras em almas cruas

Na terra que cheira carne,

fato,

não há poesias...

Estrelas?

Perdidas em sonhos distantes

Guardadas em asas de anjo

Mas,

em pés perdidos

Anjos andam às sombras,

sem versos,

sem asas.

Cruel irônia!

Hedionda dicotomia!

Convite

Pele, suor

Almas cruas

- Descortesia!

As estrelas?

Apagadas por anjo

Desilusão

Convite atroz...

Estrelas, moço!

Embriaguei-me em sonhos

Bebi

bebeu-me a ilusão,

Por instantes.

Luz de Cristal
Enviado por Luz de Cristal em 27/06/2016
Reeditado em 27/06/2016
Código do texto: T5680541
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