O Vira Lata
Totó não tem morada,
Vive pela via publica,
Ele pede com o olhar,
A quem mastiga em pé na rua.
Sobras de cachorro quente,
De pastel e de sanduba.
E também virando o lixo,
Às vezes encontra o que procura.
A noite sob as marquises,
Num intenso frio que gera angustia,
Totó não tem abrigo,
Sente o vento da madruga,
Dorme na calçada fria,
Sem agasalho e cobertura.