A Moça da Ponte

A moça que se debruça na ponte
e olha o rio que passa solene,
talvez veja o que eu já vi.

Talvez, ainda lhe acalente
a doce sinfonia que se ouve
naquele passar das águas,
que, um dia, foram limpas
como a esperança que já senti.
Talvez...

Fique em paz, moça que olha
e que ainda crê...

Tomara, que nunca te chegue
a sujidade que hoje eu sei, 
como se fosse uma dura lei.