A DOR DO ABANDONO
A DOR DO ABANDONO
Hoje tu bates a porta em minha cara,
Outrora, tudo eram sonhos e flores,
Em teus olhos brilhava o mais puro dos amores,
Mas como um raio, tudo se acabara.
Foge de mim como o demônio da cruz,
Fui uma nuvem que passou em tua vida,
Nada em mim de bom, mais te seduz,
Não teve nem sequer uma despedida.
A minha alma sofre magoada,
A solidão é sua única companheira,
Sem poder reclamar fica de boca fechada,
Fico acordado a tua espera à noite inteira.
Ai como dói a dor do abandono,
Arrasa como fortes vendavais,
Sinto-me como um cão sem dono,
Fere mais do que punhais.
Vou te guardar para sempre na lembrança,
Como o amor que nunca pude realizar,
Guardo em Deus a última esperança,
De noutra vida poder te encontrar.