O meu mal
Por que me jogo tanto ao mar
Como um barco
Que vai ao fundo
Sem por uma âncora
Por que me jogo tanto aos ventos
Como um pássaro
Que voa bem alto
Sem asas
Por que me jogo tanto ao coração
Como um fogo
Bem forte
Mas sem madeira e carvão
Por que me jogo tanto pela vida
Como um garoto
Que tanto sonha
Na realidade tão escura
Por que sou tão assim jogado
Eu que tento acreditar
Tanto nas maravilhas
Que meus olhos internos
Tão enxergam
Eu que tento chamar
Aquilo de lindo
Que move pelas montanhas
E os céus
O meu mal é acreditar...