Outono
Os olhos sem rumo
Seguiam a folha no ar
Desprendida do galho
Ja não era ali seu lugar
A folha solta no vento
Formava um triste bailado
Seguia só ao relento
Sem mais nada ao seu lado
Os olhos também outonaram
Se deixaram pelo vento levar
Perderam o viço e desbotaram
Pousaram num canto a orvalhar