O LOUCO É NADA - Poesia nº 21 do meu terceiro livro "Relevos"
Não sabe o seu próprio nome,
Nem se nasceu ou foi expelido
Neste mundo cruel e tão infame,
Negado e, nesta sina, acrescido!
Antes era um filho, bebê comum,
Alegria, amor, choro amamentado.
Agora é um zumbi, bicho nenhum,
Abandonado e sem ser respeitado!
Dezenas de anos a passar na aflição,
Desorientado, a procura de um abrigo.
Digerindo o lixo dos podres da nação,
Desprezado e sem ter nenhum amigo!
Antes ser até um animal, um passarinho,
Adaptar-se seguro, viver noites serenas.
Abrigar-se a livre natureza, no seu ninho,
Agasalhar-se dentro das próprias penas!
Eduardo Eugênio Batista
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