Jardim enferrujado
Não sei o que faço,
Ou o que deixo de fazer.
Só desejaria uma fórmula,
Para tentar me compreender.
Com a cabeça feito um compasso,
Detentora de rimas pobres.
Sem a aquarela,
E pensamentos podres.
Ah minha triste poesia,
Está parecida com cena de holocausto.
Jaz comigo em meu quarto,
Cheiro forte sob o meu nariz.
De corpos amontoados... Decomposição,
Métricas não fazem mais sentido.
Ao ponto de me enlouquecerem por um triz,
Onde está a luz que me guia?
Preciso sentir a tua emoção,
Acredito que nem tudo esteja perdido.
É somente mero ponto de ebulição,
Nesta jornada que se chama vida.
É apenas de outras tantas lidas,
Num jardim enferrujado.
Chamado tonto coração.
Um quanto abandonado,
Sem o menor pingo de razão.