aridez
nada mais a consertar
lágrimas que nada lavam
choro que não mais seduz
luz que não brilha mais
aragem que nunca vem
ou quando vem, não faz bem
abraços que já não cingem
tintas que já não tingem
promessas que sempre vãs
ainda teimam em mentir
a chuva que cai do céu
não faz o terreno sorrir
só resta o rigor da penumbra
a mais disputada invenção
criada pra nos proteger
e onde é possível ficar
ficar sem se comprometer
correr ou fugir nem pensar
falar? não há nada a dizer