Percalços do amanhã

Combalida prece

fez o vigário

a paz já não existe

está enterrada no cemitério da dor

percalços do amanhã

sentinelas do rancor.

O rio chora

a neve derrete

a ingratidão prevalece

neste reino de perversidade

a calma já não existe

a alma já não mora mais aqui

o amor foi se embora

e a quimera se materializou em cada coração

percalços do amanhã

dignatários do apocalipse

irrefutável destino

jaz o peregrino

no mar de ilusões

derradeiro momento

jaz o vento

longe do seu grande amor.

A cachoeira secou

o rio chorou

a alma cambaleou

o sentimento morreu

a vaidade prevaleceu

nestes percalços do amanhã

jaz a verdadeira harmonia anciã.

Nestes percalços do amanhã...

Zorro Poeta
Enviado por Zorro Poeta em 01/06/2016
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