FERIDAS DO PASSADO

Tento arrancar do peito essa dor,

como quem arranca um espinho

da própria carne

A carne sangra,

o corpo sofre,

mas a dor,

essa maldita, insiste...

Insiste, tortura,

maltrata,

mata-me lentamente

Cansa-me,

enfraquece-me,

desafia-me... sempre

Temo um dia,

ela me vença,

me adormeça,

me leve,

me mate!

Lúcia Polonio
Enviado por Lúcia Polonio em 31/05/2016
Código do texto: T5652612
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