Ciúme, Meu Amor

Ciúme, Meu Amor

Meu corpo, em arquejo,

Torce-se nas correntes,

Da eterna suspeição,

E o ciúme me vergasta,

Cruel, por teu desejo,

Em delírios frementes,

Lavrando, como hasta,

Teu furor em almejo.

Vínculos roxos, sangrentos,

Sulcam, a minha alma, fundo,

Em acrescento, tormentos:

Teu sal, em meu ser imundo.

Meus lábios ressequidos,

Murmuram-te “meu amor”,

E só lhes ofertas teu sexo,

Pleno de néctar doce,

Dos orgasmos obtidos,

De paixão e de dor,

Fluídos jorram sem nexo,

Meu bálsamo, que fosse…

Mas ciúme, aguilhão,

Voraz, vivo, feroz,

Clama sangue irmão

E faz da paz algoz.

Meu olhar te suplica,

Que tua raiva serene,

E teu coração recorde,

Belas paixões de antanho.

Mas teu olhar me replica,

Que nosso ódio é perene,

Rogo, pesadelo que acorde

Deste sofrer tamanho…

Ali jazo, só, inerte…

Que a vil morte liberte

meu ser - o nada pedante,

de te sentir amante.

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 30/05/2016
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