NÃO SOU PERFUME DE NINGUÉM
Dois pássaros loucos sem olhar
Se arranhou no voar
Procurando alívio em qualquer lugar
Toco na tua pele no tédio de todas as tardes
Arde em redor o grito do respirar.
Somos assim silêncio por um tempo
Onde me encaixo para o próprio vento
Na cor do céu em outro mundo
Em apenas fragmentos unidos em abismos de ternura
Por muito tempo nunca mais saltarei.
Me inspire uma cegueira qualquer outro juízo
Já possuis uma espécie de céu escrita no ar
Quando tiveres sede rolamos pelo chão
Canta de tristeza ou paixão
Bebe dela pois fez-se noite de tesão.
Fechei os olhos no olhar a repousar
Permanece por nascer lembranças a dobrar
Entro no quarto e ganho tudo que sonhei
Voz nomeia-te para dar-te tudo quando sorri
Nos lábios em êxtase que senti
Nos cânticos doces do seu cheiro na minha face.
16:00, Jey Lima Valadares, Itagibá, 30-05-2016