FANTASMAS

Não sei como defini-los

São piratas

Me ferem a boca nessa estrada

Guardei por muito tempo a espada

Quem reflete não salta

Se estraga.

Uma cegueira cintilante nas suas pétalas

Quando olho-te árdua na tua travessia

Banho nas tuas mágoas em tuas cidades

O amanhã tarde demais para as felicidades.

Bebe dela se o desejares as tristezas

Me comoveu o fogo no corpo ardo

Fechei os olhos nos espaços

Sem promessas para o futuro assustador.

Para se embriagar na sua escuridão

E eu?

E tu?

Fantasmas pássaros ingênuos

Têm terra, poeira e mão

Quase um jardim de alucinação

Abro uma gaveta no correr do coração.

13:40, Jey Lima Valadares, Itagibá, 29-05-2016

Jey Lima Valadares
Enviado por Jey Lima Valadares em 29/05/2016
Código do texto: T5650813
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