A morte e o poeta

Anda, poeta, tua hora é chegada!
Diz, com escárnio, a morte a sorrir
Larga da pena e da papelada
Tens nessa vida um ato a cumprir!

Pois aos viventes é esperada
A hora triste do seu final
Então desiste dessa empreitada
Dê-me sua mão, caro mortal!

Eu não me entrego! Oh, morte terna!
Eu canto a vida sendo profeta
E minha arte renascerá...
Toda poesia é sempre eterna
Se hoje morro, morre um poeta
E nem a morte me vencerá!





* Imagem. Death and Life.  Gustav Klint.
Edmar Claudio
Enviado por Edmar Claudio em 14/07/2007
Reeditado em 14/07/2007
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