O QUE SE CHAMA AMOR

Já não há a alegria, as doces utopias,
Os sussurros confortáveis da lira,
O olhar estendido nos matizes do dia,
Não há na alma, o esplendor da safira.

Já não há o sentido, o abrigo da ventura,
A vontade de dar um intervalo para a razão,
E decolar, evolar... na plumagem da loucura.

Há uma mulher recolhida, desiludida, incolor,
Uma descrença absurda no que se chama amor.

E um coração fragmentado, ressoado pela decepção.