Edilson
Sem rumo para seguir
Qualquer caminho serve
Enquanto as pegadas se despedaçam
A cada gota de suor então derramado
Para pôr fim no jugo tão injusto
Tido por mim e pelo mundo.
Sobras do passado
São alimento do presente,
Que chora sem esperança de futuro.
E tudo mais parece
Cinza enquanto canto
Com o intuito de não sofrer
Delito próprio sem resposta.
O que custava
Reconhecer sua virtude ?
O que custava
Amparar-se depois de tê-los amparado ?
O que custava
Ver em si o bom que todos vêem ?
Quando precisamos
De um pouco de ajuda ou atenção
É muito comum
Fingirmos não precisar...
Mas não me diga isso,
Só quero ficar quieto.
Depois de tudo não consigo
Ajudar meu nome quando
Ele se perde em meio à frases
Que julgo eternas para mim.