Luz (menina)
Menina... Menina!
Que a poesia
Se inclina.
Com seu cabelo solto.
Como do mar revolto!
Do cavalo como se fosse a clina.
A luz,
Que brilha
Em teus olhos é falsa.
A mesma luz que ilumina.
Sem seguir a trilha.
É a que mais perece.
A vida entontece.
O sonho desvanece.
No compasso de uma valsa.
Perde-se nesse clima.
A luz
Que reluz
Em teus olhos é brilhante.
Ofusca a visão.
Feito colar de diamante.
Faz perder o rumo.
Sem enxergar o que está adiante.
Perde-se na contramão.
Sem destino o coração.
A luz...
Que traduz
Em teus olhos é inebriante.
A mesma luz radiante.
Caminhas com tua voz penetrante.
Que me faz flutuar...
Faz-me parar de pensar.
Os sentidos embaralham.
As palavras atrapalham!
Menina... Menina!
Que a poesia...
Faz-se triste sina.
Com o passar do tempo.
Em cada esquina.
Girando no mesmo contratempo.
Dos teus olhos a íris.
Atravessando o arco-íris.