MORRI MIL VEZES

É um novo período...o de morrer, talvez!...

Onde a paz deveria imperar imperava uma ordem,

o procurar sem fim por alguém que não é mais a mesma,

encontrei enfim morta de mim e do velho sistema,

vivendo assim sem os nossos amanhecidos poemas,

esquecida do amor vivido nas noite de insensatez!...

Aí sim, senti a morte mil vezes num segundo,

mas o que foi que você fez? Você me garantiu!...

Meus sonhos despetalados como flor que seca,

caíram no chão ao meu lado e olhei pasmo,

não conseguia acreditar, fechei os olhos,

sentindo no meu coração um adeus sem palavras,

eu reencontrei quem eu mais havia amado neste mundo!...

De sorrisos novos, olhar diferente, derramando felicidades,

de velho nada tinha, somente o novo saído de suas entranhas,

e tal foi a surpresa tamanha que mesmo sentado,

senti que tremiam-me as pernas ao ver ao seu lado,

nomes, lugares, pessoas diferentes, estranhas,

foi pra isso que tu procurou novos ares, outras cidades?

não precisava isso, era só dizer que nunca havia me amado!...

Os dias passam agora cheio de tormento, dei por perdido,

dois anos de amor intenso nas madrugadas de teclas frias,

uma mescla de pranto, sufoco no peito sentido,

quando que eu podia imaginar, que aquele alguém antes tão singular,

de repente estava na minha frente agora se achando tão plural...

as imagens são fortes para o meu coração que já se encontrava ferido,

uma vingança porque sabia que eu a encontraria afinal!...

Que culpa devo assumir se meus olhos te levaram ao me coração?

e porque devo torturar-me se suas escolhas não são sinceras,

o mal que fiz foi conduzir-te para o caminho da felicidade,

onde colheste em novo jardim pequenas falanges que beijas,

novos globos esverdeados sem máculas, de risos inocentes,

de tão lindo eu também fiquei contente, me esquecendo de quem eras!...

Adeus agora é o mal necessário que desvincula passado e futuro,

podemos cada um cuidar de si e dos que nos dá felicidade,

eu, ainda indeciso, não sei se vou ali ou acolá, pouco importa,

mas juro, deixarei escancarada a porta de onde te olharei de soslaio,

prometo que desse luto eu saio porque o que ainda me conforta,

é que eu não tive você mas fui fiel, sincero e te amei de verdade!...

Joel A Silva
Enviado por Joel A Silva em 16/05/2016
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