POESIA – Ausência – 04.05.2016
Caríssimos leitores. Cansei de ter a minha liberdade cerceada. Claro que em nome de meu estado de saúde. Todavia, sempre fui irrequieto e nunca me convenci de que participar do Recanto das Letras (que somente é possível entrando na internet), de que essa proibição médica poderia ser saudável para mim, e não me constranger tanto. Então resolvi dispensar a minha querida filha Sandragus dessa obrigação, embora tenha ela se comportado de maneira auspiciosa, demonstrando sua boa educação com todos os que com ela contataram, além de sua fidelidade com seu pai. Assumo o risco, qualquer que seja, e me ponho aqui novamente à disposição dos meus legentes e/ou amigos que possam visitar a minha escrivaninha.
POESIA – Ausência – 04.05.2016
Ficou bem claro que algo em mim está ausente
Depois de tanta veleidade me atingir
É que você não foi ao menos coerente
Quando em meu peito passou a influir...
Parece me faltar desejo, esperança,
Ou talvez até mesmo a clemência
Há momentos que volto a ser criança
Noutros instantes incorporo-me à demência...
Sei bem que sempre fui um declinante
Concordo que por várias vezes fracassei
Não quero aqui dizer de atenuante...
Estou certo nasci para sofrer
Não importa os caminhos em que andei
Na sua ausência eu prefiro perecer.
Ansilgus
Foto: Internet
05/05/2016 1 - Jacó Filho, o poeta de todos, interagiu assim, dando melhor brilhantismo ao meu simplório poema:
CUMPRA SEU DOM
Certamente a poesia nos faz bem,
Até mesmo na ausência do consolo,
Se pra evitar açúcar não há bolo,
Ou quando a dor resolve ir além...
Versos são anjos que nos dão asas,
Energizam a alma e todo organismo...
Entre o homem e Deus é um batismo,
Que nas estrelas viram nossa casa...
Em prol do bem, belo e verdadeiro,
Continue exercendo seu dom divino,
Até pra viajar do idoso pro menino...
E nesse mar da vida seja o veleiro,
Que leva almas em sonho, redimindo,
O peso da cruz por estar evoluindo...
Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre.
Com satisfação publico a interação da poetisa SanCardoso, que muito me envaideceu:
AUSÊNCIA DO TEMPO
Já que esse relógio parou
Não importa o sofrimento
Nem mesmo, pensamento
Em busca do que restou...
A lembrança fugidia, ficou
A correr às horas, lamento
Já que esse relógio parou
Não importa o sofrimento
Foram tantos os momentos
Que na vida não lhe agradou
Os familiares sempre atentos
Nesse passar rápido que voou...
Já que o tempo parou..
Querido amigo,
Esse Rondel me foi inspirado pelo seu comentário no meu poema Busca sem fim, e também nesse seu belo soneto.
Irei publicá-lo depois na minha escrivaninha.
Fique bem e uma ótima semana!
Beijos ternos,
SanCardoso