DEBRUÇADA NA JANELA DO PASSADO
Dos olhos correm lágrimas
Ainda que eu as tente conter
E me pergunto:
Como esquecer?
Como esquecer as lindas nogueiras?
As tardes fagueiras
...
Como esquecer teu rosto tão lindo?
Sorrindo
Sorrindo
Como esquecer tuas mãos correndo deliciosamente?
Mergulho fundo no antigamente
...
Deslizo meus dedos pela face molhada
Deslizo e tento me consolar
Tento me afagar ainda que eu saiba que vivo a me enganar