Byron...

Serpenteia pelos teus versos o ostracismo,

Um nauseabundo desejo de redigir a vil poesia

Crente que as lágrimas deste romantismo,

Acalmassem este teu ébrio caráter de vilania!

Fostes o desgraçado nestes terras alheias,

A estrela maldita que alumia sem nenhum afã,

Um lorde sem a classe que te permeias,

Luziu em meio as trevas como sombra de Satã

No entanto, levastes aos lábios libertinagem

O veneno dos seios róseos que palpitam desnudos,

Sentindo nesta pele enlanguescida a aragem

D’uns sonhos diabólicos, assim mesmo imundos!

Tresandou tua fronte a miséria das idéias,

Versando solto na rima tantos desamores tão irreais

Eram apenas as quimeras.Míseras matérias

Das noites embriagadas nos teus desejos nupciais!

Descansa poeta, pois a fragata da vida,

Sussurrou o adeus em tuas têmporas tão frias,

Da existência não deu-lhe a despedida

Nesta cova que silenciosamente teu nome rias!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 01/05/2016
Código do texto: T5622174
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