POESIA EQUIVOCADA

Sinto a poesia esvaindo-se de mim,

Indo para algum lugar distante,

Morar noutro coração pulsante,

Pois o pulsar do meu vislumbra o fim.

Vejo, agora, que poesia não é algo que se quer,

Autônoma, chega e sem pedir licença,

Invade o corpo, não se apresenta,

Não importa se criança, adulto homem ou mulher.

Oh! A poesia, essa arte tão antiga,

Que acompanha poetas desde os primórdios,

Que foi consolo de Homero, o poeta grego,

Quis em meu peito também fazer cantigas.

Contudo, logo percebeu que de peito se equivocara,

Tomou sua lira, e já longe vai naquela estrada.

Daniel Pereira S
Enviado por Daniel Pereira S em 01/05/2016
Código do texto: T5621740
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