NEM AS ROSAS E NEM AS MARIAS...
Ninguém mais se entendia:
"nem as Rosas e nem as Marias!"
Leis esdrúxulas no papel,
confusões, caos, zoe, babel.
Ninguém mais se entendia
e o ser humano sofria!
O dia parecia não ter fim,
noites longas, não se dormia,
loucura para conseguir o sim,
porém o "não" prevalecia!
Atônito e sinistro o poder,
"cumpras se não vais morrer"
Ignóbil, as tramas e falas,
"é democracia, vê se te calas"
Ninguém mais se entendia,
"nem as Rosas e nem as Marias"
tempos cruéis e misteriosos,
prevaleciam os mentirosos.
Difícil de se viver em harmonia,
desinteligência, brigas e agonia,
por pouco, pouco, a faca afiada,
no ventre era penetrada.
Hospitais, focos de infecções,
doenças grassavam sem soluções!
A fé pública era sempre explorada,
o ser humano, não valia nada.
Faltava água, no frio e no calor,
aos homens faltava, amor!
O João desventurado agora bebia,
o poder fazia de conta que não via!
Ninguém, mais ninguém se entendia,
"nem as Rosas e nem as Marias"