Sensível
É fato que a dor já corrompeu cá dentro
Vivo em silêncio mas minh'alma chora
Peço licença, eu quero ir embora
Mas como fujo do meu próprio peito?
É notável que em meus olhos não há vida
E as vezes o meu rosto inventa
Um sorriso que me alimenta
De esperança, mas estou vazia
É bem justificável o odio
Que adoece a minha cabeça
Os olhos nús não denunciam
A intensidade dessa tristeza
Mas quem conhece as poesias
Que choro com minha caneta
Percebe minha alma vazia
Repleta de dor e incertezas
A sensibilidade é um dom
Quisera eu ser insensível
Tudo que vejo sempre doi
Não tem beleza e é terrível
Hoje sou uma folha seca
Que vai onde o vento levar
E escrevo tudo o que vejo
Embora cansei de voar