Sensível

É fato que a dor já corrompeu cá dentro

Vivo em silêncio mas minh'alma chora

Peço licença, eu quero ir embora

Mas como fujo do meu próprio peito?

É notável que em meus olhos não há vida

E as vezes o meu rosto inventa

Um sorriso que me alimenta

De esperança, mas estou vazia

É bem justificável o odio

Que adoece a minha cabeça

Os olhos nús não denunciam

A intensidade dessa tristeza

Mas quem conhece as poesias

Que choro com minha caneta

Percebe minha alma vazia

Repleta de dor e incertezas

A sensibilidade é um dom

Quisera eu ser insensível

Tudo que vejo sempre doi

Não tem beleza e é terrível

Hoje sou uma folha seca

Que vai onde o vento levar

E escrevo tudo o que vejo

Embora cansei de voar

LARI SSA
Enviado por LARI SSA em 21/04/2016
Reeditado em 04/03/2018
Código do texto: T5612375
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