Filho do ninguém
Sou fotocópia do meu pai,
O prazer por ele vivido,
A desgraça que não quis
Assumir.
Sou fruto do prazer e desgraça.
"
Filho da mãe África, carregando
Prantos sofrimento das correntes
Que por séculos acorrentara
Almas dos meus,
"
O filho esquecido pelo pai,
O ser que sempre levanta quando cai
E segue o caminho cheio d'espinhos.
"
Sou a liberdade da noite, a calma dos
Olhos tristes, o grito das timbilas,
O mistério do Mapiko, chamam-me
Menino da rua.
Arnaldo Tembe