Poema-fado
Este poema é um fado
que faço às dores minhas:
as que de outros trago e as que de mim se avizinham
dormitando tristes
sobre velhas fantasias.
É ele triste espetáculo,
Sem platéia e sem palhaço,
uma estrada vazia.
E nem minh’alma quer lhe ouvi-lo,
prefere apenas o sentir
em fádico desejo de ilusão
quando a dor visita-me o coração
e a alma chora
despovoada de alegria.
Este poema é meu fado tão amavelmente lembrado
entre sorrisos e agonias.