O TORPEDO DA ALMA

O TORPEDO DA ALMA

Quando o enterro passar,

Sem flor, sem rosa, sem brilhar...

Verás que é o enterro triste

De quem morreu só por te amar.

Que ti chores e te arrependas,

E busques a Deus para suplicar

Por esta alma tão apaixonada

Que nem tua voz pode escutar!

Despejas uma gota de lagrimas

No fundo da sepultura

Se és capaz de chorar?!

Para saciar esta sede de amar...

Quantos pecados cometeste

Para agora veres deste jeito?!

Num simples caixão estirado,

Quem te amou sem ser amado!

Joga um punhado de areia,

Naquela estrela piscando;

Quero sentir teu perfume,

Quanto aos céus for buscando...

Nem a Deus vou explicar

O porque do meu velório!

Senão, tu não vais ao Céu

E jamais verei quem mais adoro...

Ao morrer fiz um pedido

E creio não ser atendido.

Para Deus abrir tua boca

Ao próximo amante seduzido.

Por que Senhor Deus!

Não me deste outra musa

Tão linda quanto pura

Porem, despida de orgulho?!

Guarda aqueles poemas,

O coração e a florinha,

E os deixa emudecidos

Como sempre, minha rainha.

Será se o que eu não tive,

Neste solo a ti implorando,

Eu os terei nos Céus...

Tendo a Deus por meu patrono?!

Se um dia lembrares de mim,

Sobe aos Céus rapidinho.

Ainda anseio por teu amor

E almejo os teus carinhos.

Ainda espero regozijo;

Por isso, deixo meu endereço.

Estou nos Céus com os anjos

E aguardo o teu bilhete.

Djalma pereira Guedes