A longa estrada
Os anos passam
Correm como rio
E o corpo decaí
Sente o peso da velhice
Das dores
Das juntas machucadas
Dos ossos fragilizados
A crença se perde
A mente se expande
Mas o coração se torna de chumbo
A perspectiva da vida muda
E você se transmuta em outra pessoa
Em um velho
Fodido e destroçado
E até meio ausente
Acaba aceitando os dias como são
As perdas dolorosas
E no final nada mais sente
Nem do passado
Nem do presente
E essa se torna a única realidade existente
Que o mundo tem a lhe oferecer.