FRAQUEZA DO CORPO, VAZIO DE ALMA

Distante caminho solitário que não sente

E, para si mesmo, mente descontente

Vendo luas e sóis, desertos e oásis

Abrigo e relento,desventura e ventura,

Prossegue em dias sem arrebol, sem paixão

Vivendo em uma escuridão tão morna

Enfraquecido está o seu corpo,sua alma vazia

Sem a primazia da felicidade em lábios não mais pueris

Adormecido está o amor, talvez ausente, e isto sente

Quase enlouquece, não mais se aquece, entristece

Aos poucos, o sopro vivente, deságua em mares

E, como em canção solitária, sangra a alma

Naufragando interminavelmente em segundos

E, lá no fundo, tem gosto de fel,amargura e salinidade

E a serenidade partiu, desistiu de si, desarmonizou

Sucumbiu, não teve mais força de lutar, chorou

Prostrou suas dores, seus desamores nas dunas

Deixando fluir uma forma própria sem interferir

Quiçá dali surgisse um lábio imenso a lhe sorrir?

Mistérios guardados pelo tempo a serem revelados!

Patrícia Pinna
Enviado por Patrícia Pinna em 29/03/2016
Código do texto: T5588756
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