Arrependimento
Plantei no prato
a planta do pranto
cantei no canto
o canto do encanto
do amor de amar
em mar de amaranto.
Amoras que moram
no quintal e nas quintas
não quitam as dores,
duradas e fintas
que fintam os dias
findando floridas!
Amar-te que quero
no mar, maresias,
no ar arejado
dor que analgesia
no linho que tenho
de ti, meu amor,
da saudade que vem
meu mais vil clamor!
Por ti que repenso
o denso pensar
faleço de tanto
tudo imprensar
desfaleço de tonto
"do tanto de tonto"
que fui te deixar!