MARINHEIRO TRISTE

De Ilhéus

Meu Ilhéus

Quero me no navio

Sem frio

A congelar me por dentro

Sem sofrimento.

No fundo a banhar-me nas águas

Navego solitário nas ruas das velhas cidades

Coberto de tamanha liberdade

O frio na rua de porto

Descem o apito do navio.

Para zarpar no soar triste e derradeiro

Anoiteço na ausência dos teus braços

Fui como menino num grito

Voltei como homem num choro

Beijo o gosto do mar

Para me afogar.

De Ilhéus, Itacaré, Salvador...

Navegam manhã chuvosa

Bem longe a escrever ensolarado

O verão chega cortante

A primavera sabe perfumar

O inverno frieza do luar

Marinheiro triste

A donzela vêm esquentar.

19:40**Jey Lima**Itagibá**26 de março de 2016

Jey Lima Valadares
Enviado por Jey Lima Valadares em 27/03/2016
Código do texto: T5586787
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