Maria ajoelhou-se
E meu coração parou.
Quando era vivo
Eu guardava segredos.
Minha história de tantos desfechos,
Envolta em mistérios e medos.
Nunca soube quem realmente eu era,
A cada espera, eu me multiplicava,
Criava Mários tristes e felizes,
Criaturas que não viviam na minha alma,
Mas de apossavam da minha cabeça.
De tantos zumbidos,
Tive os ouvidos cegos.
Mas meus olhos, estes meus olhos,
Viram tanta coisa,
Que até Deus duvida.
Minha vida foi um grande teatro,
De fato, atuei em tantos papeis,
Tantos personagens eu vesti,
Que me vi perdido de mim mesmo.
Cometi todos os pecados capitais,
E mais que a dor,
Carreguei a culpa.
Brinquei com coisas sérias,
Fiz do amor uma marionete
Que saltitava sobre o sentimento alheio.
Bebi do seio das amantes,
E antes que o sol me dissesse luz,
Desfiz todos os sonhos.
Creio que nunca fui menino.
Minhas mãos tocaram o proibido,
Revirei páginas de um livro sagrado,
Mas nada encontrei que trouxesse paz.
Mais e mais, fui ao fundo
E o mundo respondeu aos meus apelos
Trazendo ao meu peito ainda mais anseios
No despertar da verdade maldita.
Não pensei na força dos atos,
Desatei os nós da paciência,
Sem a consciência de causar,
Soube amar, egoísta,
Como o artista
Que encena o próprio epílogo.
Andei nas vias marginais
Onde as letras me seguiram
E serviram-me o sangue das virgens,
Embriaguei-me de loucura e nudez.
Talvez eu pudesse ter mudado
O rumo da minha caminhada,
Nada me trazia amparo,
E o escarro do ódio
Voou da minha boca
Ao encontro das faces civilizadas.
Nunca vivi um conto de fadas.
Tudo em minha vida
Foi uma cruel realidade
Encadernada em falsos momentos.
Ventos que não voltarão,
Soprarão para outra identidade.
Eu viverei na imunidade do perdão
Que meu coração permitiu,
No momento exato
Em que meu amor partiu.
E meu coração parou.
Quando era vivo
Eu guardava segredos.
Minha história de tantos desfechos,
Envolta em mistérios e medos.
Nunca soube quem realmente eu era,
A cada espera, eu me multiplicava,
Criava Mários tristes e felizes,
Criaturas que não viviam na minha alma,
Mas de apossavam da minha cabeça.
De tantos zumbidos,
Tive os ouvidos cegos.
Mas meus olhos, estes meus olhos,
Viram tanta coisa,
Que até Deus duvida.
Minha vida foi um grande teatro,
De fato, atuei em tantos papeis,
Tantos personagens eu vesti,
Que me vi perdido de mim mesmo.
Cometi todos os pecados capitais,
E mais que a dor,
Carreguei a culpa.
Brinquei com coisas sérias,
Fiz do amor uma marionete
Que saltitava sobre o sentimento alheio.
Bebi do seio das amantes,
E antes que o sol me dissesse luz,
Desfiz todos os sonhos.
Creio que nunca fui menino.
Minhas mãos tocaram o proibido,
Revirei páginas de um livro sagrado,
Mas nada encontrei que trouxesse paz.
Mais e mais, fui ao fundo
E o mundo respondeu aos meus apelos
Trazendo ao meu peito ainda mais anseios
No despertar da verdade maldita.
Não pensei na força dos atos,
Desatei os nós da paciência,
Sem a consciência de causar,
Soube amar, egoísta,
Como o artista
Que encena o próprio epílogo.
Andei nas vias marginais
Onde as letras me seguiram
E serviram-me o sangue das virgens,
Embriaguei-me de loucura e nudez.
Talvez eu pudesse ter mudado
O rumo da minha caminhada,
Nada me trazia amparo,
E o escarro do ódio
Voou da minha boca
Ao encontro das faces civilizadas.
Nunca vivi um conto de fadas.
Tudo em minha vida
Foi uma cruel realidade
Encadernada em falsos momentos.
Ventos que não voltarão,
Soprarão para outra identidade.
Eu viverei na imunidade do perdão
Que meu coração permitiu,
No momento exato
Em que meu amor partiu.