Melancolia

Estou tentando voar para longe daqui

Para longe de mim estou tentando voar

Desertar as minhas entranhas é preciso

É urgente acordar e caminhar em outro lugar.

Um passo, um verso, um sorriso ao acaso

Do outro lado da serra os olhos de água

Cá, no entanto, as lágrimas não param de rir

Não se cansam as lágrimas de sorrir caindo.

Um beijo e uma rosa nas mãos, o vento...

E no peito o arfar do gesto, a gentileza

As mãos se soltando no éter disponível de sim

E um rosto sumindo no espaço tão vago de não.