MORRER

Vi no caixão o corpo de Nadierte Paulino.

O rosto pálido não mais sorria.

Nem meu sorriso não a encantava agora.

Ela se foi para não voltar.

Vi no caixão o corpo de Nadierte Paulino

A mesma que outrora sonhava em viver

Talvez seu Deus não mais a quis aqui.

Em um instante não mais habita o ser.

A morte pode ser um recomeço.

Na minha vida o avesso de formou.

No compasso acrescentou saudade.

Muita dor para eu esbanjar aqui.

Cade Nadi, onde estas que não reclama.

O caixão frio será sua morada eterna.

Meu coração partiu em pedaços mil

Na morte a gente pode não ser um fim.

Minhas lágrimas banharam o pranto aberto.

São sentimentos vindos do além.

Um Deus qualquer me consolou no canto.

E um anjo bom me reorientou.

Rezei para ela uma oração com fé.

Não acreditei do que se passou comigo.

Só que morremos juntos: eu e Nadierte.

Nadierte perece e eu fiquei assim.

William Augusto Pereira
Enviado por William Augusto Pereira em 20/03/2016
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