MORRER
Vi no caixão o corpo de Nadierte Paulino.
O rosto pálido não mais sorria.
Nem meu sorriso não a encantava agora.
Ela se foi para não voltar.
Vi no caixão o corpo de Nadierte Paulino
A mesma que outrora sonhava em viver
Talvez seu Deus não mais a quis aqui.
Em um instante não mais habita o ser.
A morte pode ser um recomeço.
Na minha vida o avesso de formou.
No compasso acrescentou saudade.
Muita dor para eu esbanjar aqui.
Cade Nadi, onde estas que não reclama.
O caixão frio será sua morada eterna.
Meu coração partiu em pedaços mil
Na morte a gente pode não ser um fim.
Minhas lágrimas banharam o pranto aberto.
São sentimentos vindos do além.
Um Deus qualquer me consolou no canto.
E um anjo bom me reorientou.
Rezei para ela uma oração com fé.
Não acreditei do que se passou comigo.
Só que morremos juntos: eu e Nadierte.
Nadierte perece e eu fiquei assim.