Dores tantas
Dor que afaga amores,
visita almas,
sufoca corações,
e morre náufraga de ilusões
e de tantas angústias.
É a mesma dor que visita
os meus versos
e agita a minha carne
e vive insepulta e arde,
qual candelabro aceso de miséria,
amarra e queima minhas mãos
feito alçapão endiabrado.
Dor, ferina dor,
por quem tanto choro,
essa mesma que lesiona a alma,
essa outra náufraga
que mora entre os amores de meus amores
a trancar estradas
e abraçar novas dores